1 Depois disso, abriu Jó a sua boca, e amaldiçoou o seu dia.
3 Pereça o dia em que eu nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um filho homem.
7 Ah! Que aquela noite seja solitária, e nenhuma voz de júbilo entre nela.
8 Amaldiçoem-na aqueles que amaldiçoam o dia, que estão prontos para levantar o seu pranto.
10 porque não fechou as portas do útero de minha mãe; nem escondeu a tristeza de meus olhos.
11 Por que eu não morri desde o útero? Por que não entreguei o espírito quando saí do ventre?
12 Por que me ampararam os joelhos? Ou por que os peitos me amamentaram?
14 com os reis e conselheiros da terra, que edificaram lugares assolados para si mesmos;
15 ou com príncipes que possuíam ouro, que encheram suas casas com prata;
16 ou como em um oculto nascimento prematuro, eu não existiria; como os bebês que nunca viram a luz.
17 Ali os perversos cessam de perturbar; e ali descansam os cansados.
18 Ali os prisioneiros descansam juntos; eles não ouvem a voz do opressor.
19 O pequeno e o grande estão lá; e o servo é livre de seu senhor.
20 Por que se dá luz ao infeliz, e vida aos amargurados de alma?
21 Que anseiam pela morte, mas ela não vem; e cavam por ela mais do que por tesouros ocultos;
22 que regozijam grandemente, e ficam alegres quando conseguem encontrar a sepultura?
23 Por que se dá luz ao homem, cujo caminho é oculto, e a quem Deus encobriu com sebe?
24 Porque em lugar da minha comida, vem meu suspiro, e os meus rugidos se derramam como as águas.
25 Porque aquilo que eu grandemente temia me sobreveio; e aquilo o que eu receava me sobreveio.